Descontos nos preços de novas locações no Rio e em São Paulo atingem mínimas históricas, e inquilinos têm dificuldade de negociar o aluguel

O mercado aquecido de aluguel de imóveis residenciais no Rio de Janeiro e em São Paulo está deixando os inquilinos dessas cidades sem margem de negociação para pedir descontos.

De acordo com o índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb, o poder de barganha tem estado todo na mão dos proprietários nessas duas capitais.

De acordo com o levantamento, em abril, os novos contratos de locação assinado não Rio de Janeiro não tiveram nenhum desconto no preço estabelecido para alugar — foi o segundo mês consecutivo em que isso aconteceu e a terceira vez desde o início da série histórica, em 2020.

Em outras palavras, os inquilinos tiveram que alugar pelo preço anunciado.

São Paulo registrou, pela quarta vez consecutiva, a menor média de desconto desde 2020, com 2,7% de redução nos preços na negociação dos novos aluguéis.

Thiago Reis, gerente de dados do Grupo QuintoAndarafirma que dois fatores podem ter afetado o mercado imobiliário neste começo de ano e limitado a possibilidade de negociações: o aquecimento consistente da demanda nas duas capitais e a sazonalidade típica dos primeiros meses do ano.

Segundo Reis, a negociação do preço do imóvel é uma etapa natural do processo de locação, mas, como as moradias estão sendo alugadas rapidamente, os proprietários estão menos dispostos a conceder descontos.

Aluguel nas alturas

Além da dificuldade na negociação, os inquilinos também enfrentam preços muito altos por metro quadrado.

São Paulo atingiu um novo recorde em abril, ao bater uma média de R$ 68,83 por metro quadrado. Em 12 meses, os preços subiram 9,11%, acima dos 8,5% registrados pelo Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M), indicador de referência para o reajuste dos aluguéis em curso.

Entretanto, no acumulado do ano, a diferença é grande: São Paulo acumula 4,88% de alta nos preços de locação, enquanto o IGP-M somou 1,23% até abril.

No Rio de Janeiro, o levantamento do QuintoAndar mostrou que o preço médio foi de R$ 45,33 por metro quadrado.

Embora seja um valor menor do que o de São Paulo, o percentual de variação em um ano e no acumulado de 2025 superam — e muito — o indicador de referência.

Em 12 meses, os preços de aluguéis no Rio de Janeiro aumentaram 10,44%, enquanto no ano já subiram 7,37%.

Segundo Thiago Reis, é importante fazer uma pesquisa detalhada, avaliar os preços no mesmo condomínio e verificar a quantidade de imóveis disponíveis na região para entender todas as possibilidades de locação.

“Uma boa estratégia é condicionar o pedido de desconto ao custo de itens que precisam ser colocados no apartamento, como ar-condicionado ou armários, por exemplo”, diz o gerente de dados.

Aluguéis mais caros do Brasil:

CidadePreço – m²Variação – 1 quarto (45m²)Variação – 2 quartos (80m²)
São PauloR $ 68,83R $ 1,760 -1,920R $ 2,320 – 2,540
BrasíliaR $ 53,07R $ 1,540 -1.660R $ 2,250 – 2.410
Rio de JaneiroR $ 45,33R $ 1,390 -1,570R $ 1,890 – 2.130
Fonte: Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb – abril/2025

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