O que saber sobre a decisão de Israel de interromper a ajuda a Gaza

Israel anunciou no domingo que impediria todos os bens e ajuda humanitária de entrar em Gaza, um movimento que interrompeu a estrutura existente e acordada para negociar um fim permanente da guerra.

A decisão ocorreu um dia após o final da primeira fase de um acordo de cessar-fogo entre Israel e Hamas. Aqui está o que saber:

O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, de Israel, anunciou a interrupção do fluxo de assistência humanitária e horas de bens, depois que seu governo propôs uma extensão de sete semanas do cessar-fogo temporário, no início dos quais dizia que o Hamas teria que liberar metade das reféns vivas restantes, bem como os restos mortais dos falecidos.

A decisão aparentemente fazia parte de uma tentativa de forçar o Hamas a aceitar a proposta de cessar-fogo de Israel.

O Hamas liderou o 7 de outubro de 2023, ataques a Israel que matou cerca de 1.200 pessoas, resultou na apreensão de cerca de 250 reféns e partiu da guerra devastadora em Gaza. Durante o cessar-fogo inicial, 25 reféns vivos israelenses e os restos de oito mortos foram devolvidos a Israel em troca de cerca de 1.500 prisioneiros e detidos palestinos. Esse acordo também permitiu um aumento significativo de ajuda a Gaza.

Israel atribuiu sua proposta de extensão ao trabalho do novo enviado dos EUA à região, Steve Witkoff. Ele substituiria o acordo original, negociado pelos Estados Unidos, Catar e Egito, que pedia a próxima fase para incluir uma retirada completa das tropas israelenses de Gaza e um compromisso com um cessar-fogo permanente em troca da liberação de todas as reféns de vida restantes em Gaza.

O Hamas emitiu um comunicado no domingo, descrevendo a parada em ajuda como “chantagem barata”. O grupo disse que a decisão de Israel foi uma “flagrante completar o acordo” e acrescentou que permaneceu disposto a iniciar negociações para a segunda etapa do acordo.

A parada, que não se aplica à água, de acordo com duas autoridades israelenses, provavelmente causará mais dificuldades aos civis palestinos, muitos dos quais estão no início do mês sagrado do Ramadã. Os suprimentos de combustível, vitais para padarias, também estão sendo interrompidos.

Além de interromper a ajuda humanitária, a decisão de Israel também provavelmente aumentará o preço dos bens que começaram a aparecer nos mercados de Gaza em maiores quantidades nas últimas semanas em meio à pausa nos combates.

Abdulrahman Mohammed, 35, pai de quatro filhos da cidade de Gaza, disse que o anúncio já havia causado um aumento nos preços dos bens essenciais.

Durante a guerra de 15 meses, o bombardeio e a luta israelenses quebraram Gaza e, de acordo com as autoridades de saúde palestina, mataram mais de 45.000 pessoas. A quantidade de ajuda que chega a Gaza também caiu dramaticamente em comparação com antes da guerra.

As Nações Unidas e os grupos de ajuda culparam as restrições israelenses por essa queda, enquanto Israel apontou o dedo nos grupos de ajuda. O resultado da diminuição foi grave desnutrição. Especialistas no ano passado alertaram repetidamente sobre uma fome iminente. Sob os termos do cessar-fogo, houve um aumento na quantidade de ajuda no enclave. Essa fase parece agora ter terminado.

A mudança também coloca o destino dos reféns restantes em Gaza em território desconhecido.

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